Crise hídrica: um colapso iminente
Certa
vez, em 1994, uma aluna de Geografia questionou ter ficado em recuperação com o
professor. O ponto de discórdia estava na água. Os livros e o professor diziam
que a água era um bem inesgotável enquanto que a menina teimava em ressaltar
que a água teria fim.
Passado
mais de 20 anos, a história mudou de rumo e a fonte está quase seca. Isso
mesmo! A água pode acabar. Estamos diante de um dado concreto. Segundo o relatório trienal divulgado em 2009 pela
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco),
em 2025, cerca de 3 bilhões de pessoas - mais da metade da população mundial -
sofrerão com a escassez de água.
E, ainda
conforme o Atlas da Água, dos especialistas norte-americanos Robin Clarke e
Jannet King, a Terra tem aproximadamente 1,39 bilhão de quilômetros cúbicos de
água sendo que, desse total, 97,2% dela está nos mares, é salgada e não pode
ser aproveitada para consumo humano. Restam 2,8% de água doce, dos quais mais
de dois terços ficam em geleiras, o que inviabiliza seu uso. No fim das contas,
menos de 0,4% da água existente na Terra está disponível para atender aos
moradores da Terra.
O colapso está perto, bem perto. Muitos historiadores cogitam uma Terceira
Guerra Mundial por causa da ganância do petróleo, da riqueza e do bel prazer.
Vejo, no entanto, a eminência de uma guerra civil por falta d´agua. O mundo vai
acabar em fogo: “Mas o dia do Senhor virá ... no qual os céus passarão com
grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras
que nela há, se queimarão”.
A passagem da Bíblia não poderia ser mais atual. A crise hídrica é um
alerta. A Guerra vai ser pela vida, pois não há vida sem água. A ganância pelo
ouro preto vai ser substituída pela procura da fonte clara e límpida.
Essa não é uma premonição nem tampouco motivo para gozações. É preciso
olhar para frente e diagnosticar o quê queremos para as próximas gerações: um
mar de lama ou vida em forma de água.